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MENSAGENS RELIGIOSAS
MENSAGENS RELIGIOSAS

O valor do lápis

Conta-se que um lápis estava muito triste, deprimido, porque sentia-se inútil, de pouca serventia. Certo dia, ele conheceu um grande sábio. Conversaram muito, e o lápis queixou-se de muitas coisas. O sábio apenas o escutou atentamente e depois disse:

- Há cinco coisas muito importantes que você precisa recordar. Se você prestar atenção, vai ver o imenso valor que têm. São elas:

Primeira: você pode realizar grandes coisas, muitos projetos, grandes tratados etc., mas apenas quando se deixa conduzir pela mão de alguém;

Segunda: de tempo em tempo, você vai sentir um doloroso processo de ser afiado, mas isso é necessário para ser melhor;

Terceira: se, por acaso, algum dia você errar, o erro pode ser facilmente corrigido e reescrito;

Quarta: a sua parte mais importante estará sempre no seu interior;

Quinta: não importa a situação, por mais difícil que seja, você deve continuar sempre a escrever, deixando a sua marca.

O lápis pensou por alguns minutos e conseguiu reconhecer seu imenso valor. Agradeceu ao sábio e prometeu jamais se esquecer desses cinco pontos.

Interpretar a situação

Numa manhã típica de inverno, com frio e nevoeiro, o mestre reuniu seus discípulos e disse que iria ensinar-lhes uma importante lição. Fez um pouco de fogo e sobre ele colocou uma panela com água. Enquanto a água esquentava, foi ao riacho, buscar um pouco de água gelada e colocou três vasos de barro no chão, um ao lado do outro.

Encheu o vaso da esquerda de água gelada. No do meio , colocou metade de água fria e metade fervendo, e o da direita encheu de água que estava quente.

Os jovens estavam curiosos para ver a lição que dali sairia. O mestre então chamou um dos discípulos e pediu que colocasse a mão no da esquerda e uma no da direita. Depois de alguns instantes, pediu que retirasse as mãos dos vasos e colocasse ambas no do meio.

- O que você está sentindo? – perguntou

- Apesar de ser a mesma água, sinto calor na mão esquerda e frio na mão direita.

Os julgamentos

Numa pequena aldeia da Europa, havia um senhor muito sereno. Os tempo eram difíceis, com fome e guerras constantes. Esse senhor tinha, porém, um bem muito valioso, que não vendia a preço nenhum. Era um lindo cavalo branco. Diversos poderosos da região queriam comprar o cavalo, mas o velho não vendia. Dinheiro algum poderia pagar aquela amizade e carinho que ele tinha com o seu cavalo.

Certo dia, o cavalo sumiu da cocheira. Todos da aldeia foram até a casa do homem. Vários murmúrios eram ouvidos:

- Eu sabia que um dia isso iria acontecer. Um cavalo tão valioso, uma hora ou outra ia ser roubado. Seu burro, você deveria ter vendido ele antes de isso acontecer.

E assim por diante, o dia todo o velho ouviu comentários negativos, e a todos respondia:

- Vocês nem sabem o que aconteceu. Não julguem. Digam apenas que o cavalo não está mais na cocheira, não sejam precipitados. Se se trata de algo bom ou ruim, não sei. Só esperando para ver o que vai acontecer.

Todos riram, mas o velho ficou firme. Tinha confiança em si mesmo e sabia que não se pode julgar a partir de simples fragmentos.

Quinze dias se passaram e o belo cavalo brnaco voltou. Com ele, outros dez cavalos selvagens, tão belos quanto ele. Valiam uma fortuna. O cavalo não havia sido roubado, tinha apenas fugido para a floresta, mas voltou são e salvo. E o melhor, com companhia. Novamente as pessoas da vila se reuniram e comentavam.

-Velho, você estava certo. Não se tratava de algo ruim, mas sim de algo bom, foi uma benção.

- Novamente não sejam precipitados. Apenas digam que o cavalo está de volta. Quem sabe se é uma benção ou não? Ninguém sabe o que virá. Não se pode julgar um livro lendo apenas uma página – respondeu o senhor.

As pessoas acharam estranho, mas não comentaram muito. Como podia o velho não estar contente com dez cavalos novos?!

Os dias se passaram e o filho do senhor começou a treinar os cavalos selvagens. Poucas semanas depois, o garoto caiu de um dos cavalos e feriu a coluna. Ficou paralítico. Que desastre. As pessoas foram à casa do homem e tentavam se solidarizar. Diziam que o velho tinha razão. O que parecia uma benção, se mostrou uma desgraça. Mas ele retrucava.

- Vocês são obcecados por julgamentos. Digam apenas que meu filho não pode mais andar. Ninguém sabe o que virá. A vida é feita de fragmentos, ninguém sabe o dia de amanhã.

Como o país estava em guerra, todos os jovens da aldeia foram convocados para se alistar no exército. Soldados vieram e levaram todos os jovens, deixando os pais desolados e desamparados. Todos sabiam que a guerra era cruel e que os jovens não voltariam mais para suas casas. O único jovem a não ser levado foi aquele que não podia andar.

Novamente foram até a casa do senhor e disseram:

- Velho, você estava certo. Nada é definitivo. Aquilo que parece benção pode se tornar desgraça e vice-versa. Seu filho está paralítico, mas está com você. Os nosso filhos nunca mais voltarão.

- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe o que virá. Vocês sabem apenas que seus filhos foram para a guerra, forçados pelo exército. Se isso é bom ou se é mau, só o futuro dirá – concluiu o senhor.

A cidade dos insatisfeitos

Num lugar muito distante, quase perdida entre um grande rio e uma montanha, existia a cidade dos insatisfeitos. Ali todos resmungavam por tudo e por nada.

No verão, reclamavam que estava muito quente. No inverno, porque estava frio. Quando chovia, criticavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam porque tinham que se proteger do calor. Os pais queixavam-se dos filhos, os filhos, dos pais. Os irmãos viviam discutindo , e os vizinhos reclamavam uns dos outros. Todos apontavam defeitos nos outros, mas eram incapazes de ver os próprios.

Certo dia, chegou à cidade um vendedor com uma carroça cheia de coisas. Ao ver tanta insatisfação na cidade, parou a carroça e chamou todos os moradores. Começou a dizer:

- Estimados moradores desta bela cidade! Seus campos estão fartos de trigo, os pomares carregados de frutas, a montanha está coberta por uma floresta e o vale é banhado por um rio límpido. Nunca vi um lugar tão abençoado e abundante. Por que existe tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho da felicidade.

Nesse instante todos riram dele, pois o vendedor estava muito malvestido e com ar sofrido. Como poderia aquele pobre coitado mostrar-lhes o caminho da felicidade?

Mas o vendedor não se abalou. Continuou a montar a sua tenda, esticando uma corda entre dois postes da praça. Pegou um cesto e novamente gritou:

- Povo desta cidade, quem estiver insatisfeito escreva o seu problema num pedaço de papel e ponha-o neste cesto. Transformarei o seu problema em felicidade.

Todos ficaram curiosos. Não colocavam muita fé no vendedor, mas mal também não ia fazer. Resolveram arriscar. Homens, mulheres e crianças pegavam papéis e começaram a rabiscar suas queixas. Depois jogavam o papel no cesto.

O vendedor ambulante pegou cada papel e pendurou na corda que vavia esticado na praça. A corda ficou cheia, Então disse:

- Agora quero que cada um de vocês retire desta linha mágica o menor problema que encontrar.
Todos correram para ler os papéis e escolher o menor dos problemas. Manusearam os papéis, leram vários deles e por fim escolheram o que achavam ser o mais simples. Depois de algum tempo a corda já estava vazia.

Para surpresa de todos, cada um segurava o próprio papel que havia colocado no cesto. A partir desse dia, ninguém mais reclamou dos seus problemas e sempre que pensavam em resmungar da vida lembravam do vendedor e sua corda mágica.

Interpretar a situação

Numa manhã típica de inverno, com frio e nevoeiro, o mestre reuniu seus discípulos e disse que iria ensinar-lhes uma importante lição. Fez um pouco de fogo e sobre ele colocou uma panela com água. Enquanto a água esquentava, foi ao riacho, buscar um pouco de água gelada e colocou três vasos de barro no chão, um ao lado do outro.

Encheu o vaso da esquerda de água gelada. No do meio , colocou metade de água fria e metade fervendo, e o da direita encheu de água que estava quente.

Os jovens estavam curiosos para ver a lição que dali sairia. O mestre então chamou um dos discípulos e pediu que colocasse a mão no da esquerda e uma no da direita. Depois de alguns instantes, pediu que retirasse as mãos dos vasos e colocasse ambas no do meio.

- O que você está sentindo? – perguntou

- Apesar de ser a mesma água, sinto calor na mão esquerda e frio na mão direita.

Eu assisti a Missa por você 

Este e um caso verídico. E o testemunho de um filho sobre um fato acontecido com seu pai muitos anos atrás - fato que teve influência fundamental na vida daquele filho.

Por Padre Stanislaus SS.CC.:

"Um dia, muitos anos atrás, em uma pequena cidade do Luxemburgo, um Capitão dos Guardas Florestais achava-se entretido em animada conversa com o açougueiro, quando uma mulher idosa entrou no açougue. O açougueiro interrompeu a conversa para indagar da velha senhora o que ela desejava. A mulher explicou-lhe que havia ido até ali para conseguir um pequeno pedaço de carne, mas que não tinha dinheiro para pagar. O capitão estava achando muito divertido o diálogo entre a pobre mulher e o açougueiro:

- Apenas um pequeno pedaço de carne, mas quanto você vai pagar por ele?

- Desculpe-me, eu não tenho dinheiro, mas eu assistirei á missa por você, em sua intenção.

Ambos, o açougueiro e o Capitão, eram bons homens, mas muito indiferentes no que se referia á religião e, então, imediatamente, começaram a troçar da resposta da velhinha. Tudo bem, disse-lhe o açougueiro, você vai assistir à missa por mim e, quando você voltar, eu lhe darei tanta carne quanto a missa pesar, quanto ela valer.

A mulher saiu, assistiu á missa e retomou. Ela se aproximou do balcão e o açougueiro, ao vê-la, disse-lhe: Tudo bem, agora vamos ver. Ele tomou um pedaço de papel e nele escreveu: EU ASSISTI A MISSA POR VOCÊ.

O açougueiro, então, colocou o papel em um dos pratos da balança e, no outro, depositou um osso pequeno e fino, mas nada aconteceu. Em seguida ele trocou o osso por um pedaço de carne, porém o papel continuou a pesar mais. Os dois homens começaram a se sentir envergonhados com a sua zombaria, mas continuaram com a brincadeira. Um grande pedaço de carne foi, então, colocado na balança, mas o papel manteve-se mais pesado.

Exasperado, o açougueiro examinou toda a balança, mas essa estava perfeita.

O que você quer, minha boa mulher? Perguntou o açougueiro. Precisarei dar a você uma perna inteira de carneiro? Enquanto falava, colocou a grande perna de carneiro na balança, mas o papel em muito superou o peso da carne. Então, uma peça ainda maior de carne foi colocada naquele prato, mas novamente, o peso permaneceu no lado do papel. Aquilo impressionou tanto o açougueiro que ele converteu-se no mesmo instante e prometeu oferecer à mulher, dali por diante, a sua ração diária de carne.

No que concerne ao Capitão, ele deixou o açougue transformado e tornou-se um ardente freqüentador da missa diária. Dois de seus filhos ordenaram-se sacerdotes, um deles como jesuíta, o outro como padre do Sagrado coração.

E Padre Stanislaus termina o seu testemunho dizendo: "Eu sou aquele Religioso do sagrado Coração e o Capitão era meu pai".

Desde aquele instante, o Capitão passou a assistir à Santa Missa diariamente e seus filhos foram educados seguindo o seu exemplo. Mais tarde quando seus filhos tornaram-se sacerdotes, ele os advertiu, para que celebrassem a Missa corretamente e todos os dias e para que nunca perdessem o Sacrifício da Missa por alguma falta pessoal. 

Alegria

Abandonemos o habito de dizer que tudo vai "mais ou menos"

Curioso verificar em nossos dias, como é freqüente falar da alegria como algo ausente ou até mesmo raro. 

Comprovamos isso quando temos a oportunidade de conversar com as pessoas; grande maioria delas nos dá a impressão de
estarem afogadas nos problemas, dificuldades ou seria simplesmente o hábito
de dizer que as coisas estão indo no "mais ou menos"?

Isso parece com que a alegria fosse impossível ou irreal; considerando queé muito agradável estar próximos daqueles que "espelham" a alegria e que ninguém em sã consciência gosta da solidão, esforçamo-nos então a lutarmos ferozmente em não permitir os maus momentos e as tristezas, - que todos nós estamos sujeitos, roubem o brilho de nossa alegria.

"Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem e um tesouro inesgotável de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida" (Eclo. 30, 22-23)

Em direção ao oceano

Como é belo o correr das águas de uma rio, com sua força e imponência. Conta-se que um pingo de água ficou todo contente quando caiu no rio. Este era seu sonho: tornar-se rio. 

Quanto mais corria no leito sereno, mais se identificava com o rio. Sentia-se extremamente realizado por dar a vida a toda a terra ao seu redor. Plantas cresciam, sementes brotavam, crianças brincavam, homens pescavam… Por onde passava, o rio deixava um pouco de vida e alegria.

Mas o que aquele pingo de água não esperava era o enorme oceano à sua frente. Tremeu de medo quando viu tanta água. Olhou para trás, para sua longa jornada: as colinas, as cachoeiras, o caminho sinuoso através da floresta, a longa planície. Não era possível, depois de tanto esforço, de tanta superação, desaparecer no meio de tanta água. No meio de tantas outras gotas, não seria mais notado.

Mas não há outra maneira, não há como retornar. É preciso arriscar-se e tornar-se oceano. Quando as águas do rio misturam-se com as águas do oceano, aquela insignificante gota deixa de sentir medo e é inundada pelo sabor da realização.

-Há pouco tempo, eu era apenas uma gota perdida no céu, e hoje tornei-me parte do oceano. Que glória! – pensou feliz.

Sim ou Não 

"Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano" (Salmos 143:10).

Um dia uma senhora estava ensinando a seu pequeno sobrinho algumas lições. 

Ele geralmente era uma criança que prestava bastante atenção, mas naquela ocasião ele não conseguia fixar sua mente no que a senhora falava. 

De repente, ele disse: "Tia, eu posso ajoelhar e pedir a Deus que me ajude a achar minha bolinha de gude?" 

Sua tia deu o consentimento e ele se ajoelhou junto à cadeira, fechou os olhos e orou silenciosamente.

A seguir, levantou-se e continuou com suas lições alegremente.

No dia seguinte, um tanto temerosa de fazer a pergunta por não ter certeza de que a criança tenha achado seu brinquedo, podendo, assim, perder sua fé simples ,disse ao menino: "Querido, você achou sua bolinha de gude?" "Não, tia," foi a resposta, "mas Deus me fez não querer mais."

Tenha bom ânimo 

MINHAS IRMÃS E MEUS IRMÃOS; GRAÇA E PAZ DA PARTE DE DEUS E DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.

Deuteronômio 20:3 e dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje, vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; que não desfaleça o vosso coração; não tenhais medo, não tremais, nem vos aterrorizeis diante deles.

Se você está passando por um momento complicado, difícil mesmo; tenha bom ânimo. Os Apóstolos eram homens escolhidos por Jesus e vinham do judaísmo, aliás; eram judeus e tinham conhecimento das maravilhas que Deus havia feito para com Israel, mas mesmo assim por vezes apavoravam-se.

No Evangelho de São Mateus há um fato muito interessante: após a multiplicação dos pães, Jesus despediu os apóstolos e foi orar no alto do monte. O barco se agitava numa grande tempestade. Os apóstolos estavam apavorados...

Quando de repente viram alguém caminhando sobre o mar: era Jesus.

Mateus 14:26 E os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram, com medo 27 Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais.

Não imaginando que fosse Jesus, eles ficaram ainda mais amedrontados e soltavam gritos de terror: "é um fantasma"! As tribulações que passamos são terrpiveis a partir do nosso ponto-de-vista. 

Muitas vezes, a nossa vida é agitada pelas tempestades e nós nos desesperamos, porque nos falta confiança. Precisamos ter confiança em Deus, na certeza de que o Seu socorro não falta.

O Senhor é o mesmo de ontem, de hoje e de amanhã; Ele está vivo.
Não servimos a um Deus morto, clame e Ele virá ao seu encontro. Não tenha vergonha de gritar por socorro ao Senhor. 

Não desanime na hora da tempestade. Quando você pensar que está tudo perdido, que começou a afundar mesmo, então Ele lhe pegara e o sustentará para que a tempestade não o afogue. O Senhor nos manda ser corajosos. Não precisamos ter medo de nada.

Jesus nunca vai nos deixar sozinhos.

Para que isso seja uma realidade você deve fazer tua parte, ser uma pessoa de oração, amar teu próximo, enfim, ser um cristão autêntico.

Você precisa andar ao lado de Jesus, como os Apóstolos estavam, então tudo muda, a tempestade se acalma e ousamos andar sobre as águas.

Nós também podemos andar sobre os nossos problemas, sobre as tempestades que assolam as nossas vidas, fixando os olhos em Deus e não desviando nem para a direita nem para a esquerda. Tenha certeza: quando você traz o Senhor para dentro do barco da sua vida, tudo muda. O vento cessa, a tempestade se acalma...

O Senhor passa a ter o comando de todas as coisas.

O que escrevo a vós é uma realidade para mim, já vivenciei as piores tempestades e o Senhor jamais faltou em meus pedidos de socorros.

Abra o seu coração para Jesus.

Deus lhe abençoe.

Uma flor rara

Havia uma jovem muito rica, herdeira de uma grande fortuna. Seu nome era Júlia.

Ela tinha de tudo: uma casa enorme, um ótimo trabalho na empresa da família, um esposo amoroso, filhos bonitos e comportados. Mas nem tudo estava perfeito. Normalmente, ela tinha dificuldades em conciliar trabalho com a família. O tempo que passava na empresa era tirado dos filhos e do marido. Com frequência surgiam problemas na empresa e, para poder resolvê-los, Júlia ficava até tarde no escritório. Quando chegava em casa, todos já estavam dormindo.
O tempo foi passando, e Júlia sempre deixava o marido e os filhos para depois, em segundo plano.

Certo dia, seu pai chegou ao escritório com um presente, um vaso com uma bela orquídea, e disse:
- Filha, esta flor vai te ajudar muito mais do que tu imaginas. Apenas rega-a e poda-a de vem em quando. Conversa com ela algumas vezes, contempla o seu perfume, suas cores, sua beleza.

Júlia gostou da ideia. Co começo, tratou com muito carinho o belo presente do pai, mas como tinha uma vida muito agitada, foi deixando a flor de lado. Certo dia, ao chegar em casa, viu-a seca, sem vida. Suas flores haviam caído, não tinha mais cor nem perfume. A jovem chorou de tristeza por desapontar seu pai. Telefonou-lhe imediatamente para contar o que aconteceu.

Então o pai lhe disse:

- Eu já imaginava que isso iria acontecer. Infelizmente, não posso te dar outra flor, pois ela era única. Assim como o teu marido, e os teus filhos também são únicos. Toma cuidado para não acontecer a mesma coisa com eles.

Tesouros na Escuridão 

Algumas coisas aprendidas nas trevas não podem ser aprendidas em nenhuma outra situação.

Pense no que acontece quando acaba a energia elétrica e sua casa durante a noite. Você não consegue fazer quase nada no escuro. Anda com cuidado, dando um passo de cada vez, tateando em busca de objetos familiares, guiando-se por eles até alcançar uma lanterna ou uma vela. Se outra pessoa tem uma vela, você se aproxima dela para andarem juntos. Vocês não dão passo algum até terem certeza de que ambos estão indo na mesma direção.

É exatamente assim que Deus usa a escuridão em nossa vida. Ficamos no escuro até vermos Sua luz. Ele deseja que nos aproximemos Dele para andarmos na mesma direção. Deus deseja que sintamos Sua presença continuamente.

Não é como a escuridão do mal, que podemos sentir claramente. Trata-se de um tipo diferente de escuridão, e Deus diz que há tesouros escondidos ali. "Dar-te-ei os tesouros das trevas, e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus Eterno" Is 45,3. O tesouro que encontramos na escuridão é o próprio Deus.

Quanto mais grave é a situação, mais intensamente buscamos o Senhor. Como resultado, nossa percepção de quem é Deus cresce maravilhosamente. Descobrimos a extraordinária grandeza do Seu amor e da Sua graça para com aqueles que andam em intimidade com Ele. Há coisas que só aprendemos na escuridão. Confiar é uma delas.

Não afirmo que Deus faz coisas ruins acontecerem, Ele não faz! Vivemos num mundo caído, onde coisas ruins ocorrem. No entanto, Deus opera, até no meio das mais densas trevas. Sua presença e Sua luz estão lá, disponíveis para aqueles que abrem os olhos – e Ele trabalha em todas as situações para promover o nosso bem.

Deus não vai perguntar

Deus não vai perguntar que tipo de carro você costumava dirigir, mas vai perguntar quantas pessoas que necessitavam de ajuda você transportou.

Deus não vai perguntar qual o tamanho da sua casa,mas vai perguntar quantas pessoas você abrigou nela.

Deus não vai fazer perguntas sobre as roupas do seu armário,mas vai perguntar quantas pessoas você ajudou a vestir.

Deus não vai perguntar o montante de seus bens materiais,mas vai perguntar em que medida eles ditaram sua vida.

Deus não vai perguntar qual foi o seu maior salário,mas vai perguntar se você comprometeu o seu caráter para obtê-lo.

Deus não vai perguntar quantas promoções você recebeu,mas vai perguntar de que forma você promoveu outros.

Deus não vai perguntar qual foi o título do cargo que você ocupava,mas vai perguntar se você desempenhou o seu trabalho com o melhor desuas habilidades.

Deus não vai perguntar quantos amigos você teve,mas vai perguntar para quantas pessoas você foi amigo.

Deus não vai perguntar o que você fez para proteger seus direitos, mas vai perguntar o que você fez para garantir os direitos dos outros.

Deus não vai perguntar em que bairro você morou, mas vai perguntar como você tratou seus vizinhos.

E eu me pergunto: que tipo de respostas terei para dar?

Você quer ser feliz por um instante? Vingue-se.

Você quer ser feliz para sempre... Perdoe!

Obrigado meu Pai... 

Pai , eu lhe peço que abençoe meus amigos ao lerem esta mensagem. 

Faça-lhes uma nova revelação de Seu amor e poder.
Espírito Santo, peço-Lhe que ministre o espírito dele neste momento.

Onde houver dor, conceda-lhe Sua paz e misericórdia. 

Onde houver dúvida, renove-lhe a confiança na Sua capacidade de operar através dele. 

Onde houver cansaço ou exaustão, peço-lhe que lhe dê compreensão, paciência e força enquanto aprende a se submeter a Sua direção.

Onde houver estagnação espiritual, peço-lhe que o renove revelando Sua proximidade e atraindo-o para maior intimidade com o Senhor. 

Onde houver medo, revele Seu amor e incuta-lhe Sua coragem.

Onde houver o obstáculo de algum pecado, revele-o e quebre o poder que estiver exercendo sobre a vida dele.

Abençoe suas finanças, conceda-lhe maior visão, levante líderes e amigos para dar-lhe apoio e encoraje-o. 

Dê a ele discernimento para reconhecer as forças negativas que o rodeiam e revele o poder que tem no Senhor para derrotá-las. 

Obrigado meu Pai...

Fé 

A fé é a força que alimenta o espírito. 

Se juntarmos a fé em Deus à sinceridade e pureza de nossa alma, removeremos todos os obstáculos para nosso progresso e felicidade.

Porém a fé só age com toda a sua força em nós quando estamos voltados à verdade e ao bem. 

Os conceitos da verdade e do bem são relativos ao entendimento de cada um, contudo a verdade é absoluta e o bem é o bem. 

Ambos independem de nosso relativismo, que ainda podem estar cheio de enganosas ilusões. 

Para destruí-las, a vida cria desafios para que a consciência descubra os valores eternos do espírito. 

Quando chegamos a esse ponto é que a fé e o bem possuem a força irresistível que transporta montanhas.

Atitude vitoriosa

Tiago era um garoto muito inteligente e esforçado. Seu pai sempre trabalhou com cavalos, e por isso a família mudava-se constantemente de fazenda em fazenda pelo interior do Rio Grande do Sul. De Bajé, foram para Encruzilhada do Sul, depois para Santa Maria, depois Alegrete. Tiago acompanhava os pais no trabalho do campo, mas sempre pensando em um dia estudar e ser um homem culto. Passava as noites lendo sob a luz de uma lampião ou ao lado do fogo de chão.

Senta muita dificuldade em ir para a escola, sempre distante da fazenda, mas não perdia uma aula. Certo dia, o professor pediu aos alunos que fizessem uma redação na qual cada um relataria o seu maior sonho.

Tiago tinha cerca de 14 anos nessa época e ficou muito entusiasmado com o tema. Começou a escrever e não parava mais. Escreveu cinco páginas, contando como era a casa de seus sonhos, a fazenda que um dia gostaria de comprar, a família que pretendia constituir e assim por diante. Relatou tudo nos seus mínimos detalhes, descrevendo até mesmo a vegetação, a mobilia da casa, o modo como educaria os filhos.

Entregou a redação e ficou muito ansioso para ver a resposta de seu professor. Mas que decepção quando viu sua nota muito baixa e a recomendação para refazê-la. Foi falar com o professor, que lhe disse:

- Seu sonho é absurdo. Você é filho de um domador de cavalos e nunca será muito mais do que isso. Escreva sobre algo real que eu darei uma nota melhor.

O jovem ficou ainda mais triste. Em casa, contou a história toda ao pai. Apesar de humilde, o pai de Tiago tinha muita sabedoria de vida. Deu-lhe um forte abraço e disse:

- O sonho é seu, meu filho, e não cabe a ninguém julgá-lo. A decisão de persistir no sonho é sua, e só concretizamos os nosso sonhos com muita determinação e empenho.

O jovem passou a noite a pensar nas palavras do pai. No dia seguinte, entregou a mesma redação ao professor, mas com uma frase a mais no final: "Jamais abandonarei o meu sonho!"

Se você precisa de uma milagre, Deus tem!

Se você precisa de uma milagre, Deus tem!
O Senhor não abandona os que esperam nEle
Suas mãos não se fecharam
Para abençoar
Ele sempre socorre os que clamam
Só recebe quem pede
Só acha quem procura
O que bate vê as portas se abrirem
E na hora certa
O milagre vem
Se você precisa de um milagre
Deus tem

Deus tem um milagre certo
Na hora certa pra você também
Deus tem o motivo certo
Pra cuidar da tua vida como ninguém
Estou falando de alguém que te ama
Alguém que te chama
Se você precisa de um milagre
Então vem
O milagre que você precisa Deus tem

Solução, direção
Olha meu irmão
Deus quer te ajudar a chegar
Do outro lado
Mesmo que as circunstâncias digam não
E o fardo esteja muito pesado
Não desista, insista
Siga em frente
Em direção ao seu alvo
Porque Deus não tem limites
Seu amor não tem limites também
Se você precisa de um milagre, Deus tem!

Lição de justiça

Era uma linda tarde de domingo. Antônio, um trabalhador da cidade de São Paulo, pensou em levar seus dois filhos para um passeio no zoológico. Pegou os meninos e lá se foram os três. Chegando à bilheteria, Antonio perguntou:
- Quanto custa a entrada?

- São dez reais para o senhor e para qualquer criança maior de seis anos. Para as crianças menores de seis anos a entrada é grátis. Quantos anos eles têm? – perguntou o bilheteiro.
- O menor tem apenas três anos e este aqui tem sete anos – disse Antônio.

Após um sorriso sutil, de deboche, o bilheteiro diz:

- Você deve ter dinheiro sobrando. Se tivesse me dito que o maior tinha seis anos, eu não perceberia a diferença. Você teria economizado dez reais.

Antônio imediatamente respondeu:

- De fato, você não perceberia a diferença.

A esperança 

Havia milhões de estrelas no céu. Estrelas de todas as cores: brancas, prateadas, verdes, douradas, vermelhas e azuis.

Um dia, elas procuraram Deus e lhe disseram:

- Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra entre os homens.

- Assim será feito, respondeu o Senhor. 

Conservarei todas vocês pequeninas como são vistas e podem descer para a Terra.

Conta-se que, naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar de correr com os vaga-lumes nos campos; outras se misturaram aos brinquedos das crianças e a terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passando o tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o céu, deixando a Terra escura e triste.

- Por que voltaram? 

Perguntou Deus, à medida que elas chegavam ao céu.

- Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria e violência, muita maldade, muita injustiça...

E o Senhor lhes disse

- Claro! O lugar de vocês é aqui no céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que passa, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, nada é perfeito. O céu é lugar da perfeição, do imutável, do eterno, onde nada perece.

Depois que chegaram todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:

- Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?

Um anjo que estava perto retrucou:

- Não Senhor, uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe a imperfeição, onde há limite, aonde as coisas não vão bem, onde há luta e dor.

- Mas que estrela é essa? - voltou Deus a perguntar.

- É a Esperança, Senhor. A estrela verde. A única estrela dessa cor.

E quando olharam para a Terra, a estrela não estava só. A Terra estava novamente iluminada porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa.

O gênio e as rosas

Todos conhecemos muitas histórias e piadas de gênios da lâmpada. Essa é uma parábola interessante sobre um gênio extravagante. Em uma casa, encontravam-se três amigos. Eles eram muito diferentes um do outro, com personalidades fortes, mas gostavam de estar juntos, talvez porque se completassem. Um era muito generoso, o outro era muito ingrato e o ultimo era um conformado.

Quando viram o gênio, todos ficaram animados. Lembravam-se das histórias infantis, nas quais o gênio sempre realizava três desejos. Imediatamente um deles perguntou:

- Gênio, o que nos traz?

- Rosas! – disse o gênio.

Abriu seus braços e apareceram três belos buquês de rosas. Entregou um para cada homem e logo desapareceu. Os amigos se entreolharam, desapontados. Não compreenderam o presente.

Não demorou para cada um tomar o seu rumo e deixar a casa.

O ingrato foi o primeiro a sair, maldizendo sua falta de sorte. A primeira vez que encontra um gênio e a única coisa que ganha são umas rosas estúpidas. Jogou o buquê ali mesmo no caminho.

O conformado, embora desapontado com o presente, resolveu levar as flores para casa e as pôs num jarro.

O generoso, dono da casa, ficou feliz por ter encontrado um gênio e mais ainda por ter ganhado um presente. Saiu pela vizinhança distribuindo rosas. Estava tão contente com a possibilidade de partilhar seu presente com os outros que nem percebeu que as rosas nunca terminavam. 

Quanto mais distribuía, mais as rosas apareciam em seu braços. Depois de algumas horas, voltou para casa, com um buquê muito maior, mais belo e perfumado do que o original.

No dia seguinte, os amigos se reuniram ementavam o que havia acontecido no dia anterior. Novamente o gênio aparece.

- O que você deseja? – perguntou um dos amigos.

- Eu desejo que as rosas de vocês se transformem em ouro! – respondeu o gênio.

O homem generoso olhou para trás e viu a sua casa cheia de ouro. Sobre a mesa, sobre o armário, no quarto… Por todo lugar havia ouro.

O conformado, ao regressar para sua casa, encontrou sobre a mesa um vaso cheio de ouro.

O ingrato até tentou voltar ao local onde havia jogado as rosas, mas ali não havia mais nada, alguém já tinha recolhido as rosas que se transformaram em ouro e ele ficou sem nada.

O barco furado

Na cidade de Parati, no Rio de Janeiro, um homem foi chamado para pintar um barco que já estava um pouco velho e há tempo sem uso. O homem juntou as tintas, os rolos e os pincéis necessários e começou o trabalho.

Enquanto pintava, percebeu que a tinta vazava do barco. Havia algum problema. Olhou com cuidado e viu um pequeno furo. Resolveu consertá-lo, mesmo tendo sido contratado apenas unicamente para pintar.
Quando terminou a pintura, recebeu seu pagamento e voltou para casa.

Na semana seguinte, o dono do barco foi até a casa do pintor e deu-lhe um pacote, com uma quantia de dinheiro maior do que havia recebido no dia anterior. O pintor, surpreso, disse:

- O senhor já me pagou pela pintura do barco.

- Este dinheiro não é pela pintura, mas por você ter consertado o vazamento do barco – respondeu o homem.

- Foi tão simples que nem quis cobrar. Essa quantia que você está me pagando é muito mais do que o serviço custa.

- Eu sei. Mas o valor do seu ato foi muito maior do que este dinheiro pode pagar. Quando eu pedi que você pintasse o barco, meus filhos pegaram o barco e foram para a praia para pescar. Eu não estava em casa naquele momento. Quando cheguei e vi que haviam saído com o barco fiquei desesperado. Imagine só o meu alívio quando vi, o barco e vi que o buraco estava consertado. Muito obrigado. Devo a vida dos meus filhos a você. Nenhum dinheiro no mundo vai pagar essa boa ação.

Cinco minutos

Perto da minha casa, há um belo parque, com flores, brinquedos, um grande gramado. Há sempre muitas crianças brincando por ali, pois é um lugar tranquilo e agradável.

Certa vez, eu estava sentado num dos bancos, contemplando um grupo de crianças correndo felizes. De repente, uma mulher sorridente sentou-se ao meu lado e começou a conversar.

- Aquele garoto de camiseta azul é o meu filho – disse ela, apontando para um dos pequenos.

- É um garoto bonito e cheio de energia – comentei.

A conversa continuou descontraída por quase uma hora. Então a mulher chamou o filho, dizendo que era hora de irem.

- Não, mãe, só mais dez minutos! Por favor! – pediu a criança.

Com um sorriso, a mãe respondeu:

- Está bem, só mais dez minutos.

E lá se foi o gartoo, contente de volta a brincar com as outras crianças.

Passaram dos dez minutos, e novamente a mão chamou o filho.

- Ah, só mais cinco minutos, por favor – implorou a criança novamente.

Novamente a sorri, a mãe deixou a criança voltar a brincar. Virando-se para mim, a mulher disse:

- Meu filho acha que estou dando a ele alguns minutos para brincar, mas na verdade eu é que estou ganhando vários minutos para ficar com ele.

Ambos sorrimos, concordando.

A porta do coração

Em praticamente todas as culturas, o coração é associado aos sentimentos, à docilidade, ao amor. Por isso, ouvimos com frequência coisas do tipo: "que coração de pedra", "esse sujeito não tem coração".

Quantas vezes em nossa vida ouvimos dizer: "Esse indivíduo não tem coração, usa somente o cérebro".

Há uma história interessante sobre a obra intitulada"O Bom Pastor". A imagem é bastante conhecida: retrata Jesus Cristo, com uma lâmpada na mão, batendo a uma porta.

Quando essa imagem foi exposta pela primeira vez, as pessoas começaram a olhá-la com atenção e viram que não havia fechadura na porta. Questionaram então o pintor:

-Ei, esta obra está inacabada, não foi pintada a fechadura na porta.

O pintor serenamente explicou:

- Esta porta não tem fechadura. Ela só abre por dentro do nosso coração. Jesus ou qualquer outra pessoa que esteja de fora pode apenas bater e aguardar que ela se abra.

Saber perdoar

Luizinho chegou da escola muito bravo. Entrou correndo em casa, jogou a mochila no chão e bateu a porta do quarto. Sua mãe, que estava na cozinha, preparando o almoço, chamou o menino para o quintal.

Luizinho acompanhou a mãe, um pouco desconfiado. Mas logo começou a desabafar:
- Mãe, eu estou com muita raiva do Marquinhos. Ele me xingou na sal. Na frente de todo mundo. Não devia ter feito aquilo comigo. Tomara que ele caia da bicicleta e quebre o braço.

A mãe escutou com toda a paciência do mundo. Depois pediu que o filho a seguisse. Foi à garagem buscar um saco de carvão. Voltou para o quintal, abriu o saco e depois disse ao filho:
- Filho, você está vendo aquela camiseta branca no varal?

- Sim! – respondeu o menino.

- Então faça de conta que aquela camiseta é seu amigo e que cada pedaço de carvão deste é um pensamento ruim. Eu quero que você jogue todo o carvão deste saco naquela camiseta. Quando você terminar, me chame.Luizinho ficou um pouco confuso, mas gostou da ideia. Pegou o primeiro pedaço de carvão e jogou. Acertou em cheio. A camiseta ficou com uma grande mancha preta. Continuou a jogar os pedaços. Como a camiseta estava longe, era preciso jogar com força. Muitos pedaços nem conseguiram acertar a camiseta, passavam longe. Uma hora depois, Luizinho já havia jogado todos os carvões. Sua mãe voltou e começou a questionar o menino:

- Filho, como você está?

- Estou muito cansado, com o braço todo dolorido, mas gostei do jogo – respondeu.

A mãe olhou o menino com ternura. Deu um sorriso e o chamou para dentro. Levou o garoto até um espelho grande e pediu para que ele olhasse. Que susto Luizinho levou quando se viu no espelho! Ele estava todo preto, sujo de carvão. Da cabeça aos pés, só se via restos de carvão e pó. A mãe então prosseguiu:

- Entendeu agora, meu filho? A camiseta no varal está suja, mas você está muito pior. Além de sujo, você está cansado. O mau que desejamos a quem dirigimos nossos maus pensamentos volta para nós. Por mais que a pessoa a quem dirigimos nossos maus pensamentos sofra, nós sofremos muito mais.

As roupas não dizem tudo

Na nossa sociedade é cada vez mais exigido uma padrão de vestimenta. Quem não se enquadra nesse padrão é vítima de preconceitos e exclusão. Um fato simples ocorrido com Gilberto, médico de um hospital em São Paulo, mostra alguns estereótipos.

Gilberto nunca se preocupou com o modo de se vestir. Trabalhava numa ambulância, o tempo todo andando pela cidade. Queria usar roupas confortáveis, que lhe facilitassem o trabalho de socorrer vítimas.

Certo dia, uma senhora muito bem vestida foi em direção à ambulância e perguntou, com um ar de superioridade e grosseria, onde estava o médico.

- Boa tarde, senhora. Em que posso ser útil? – respondeu Gilberto.

- Você é surdo? – replicou a mulher. – Não ouviu que eu estou querendo saber onde está o médico?

- Pois não, senhora, eu sou o médico, em que posso ser útil? – voltou a responder educadamente.

- O que? Você é o médico? Com essas roupas eu não ia descobrir nunca.

- Desculpe, senhora. Pensei que estivesse procurando um médico e não um terno.

- Desculpe, doutor. É que vestido assim o senhor não parece um médico.

- Interessante, não é! Eu pensei a mesma coisa quando vi a senhora. Uma mulher tão elegante, com belas roupas. Quando a vi chegar pensei que iria sorrir e nos cumprimentar com um caloroso "bom dia!". As roupas normalmente não dizem muito…

O professor e o canoeiro

Em todo o norte do país, é muito comum o transporte por canoas. Mercadorias e mesmo pessoas vão de um lado a outro levados por canoeiros experientes. Certa vez, seu Francisco, um canoeiro já de certa idade, lá do Pará, transportou um renomado professor. Depois de alguns minutos pelo rio, o professor puxou conversa:
- O senhor entende de arqueologia?
- Não, senhor, sempre trabalhei aqui com meu barco. Não sei nada disso aí.
- Que pena, o senhor desperdiçou grande parte da sua vida.
Com ar de desprezo, continuou:
- O senhor já estudou geologia?
- Vixe, também não sei nada disso aí.
- Não? Infelizmente o senhor desperdiçou outra parte da vida.
Mais alguns minutos e o professor volta a questionar o humilde canoeiro:
- O que o senhor conhece de astrologia?
- Nunca fui à escola, não sei nada – seu Francisco respondeu, constrangido.
- Que lástima, o senhor desperdiçou grande parte de sua vida.
No instante em que o professor falava, a canoa bateu em uma pedra. O canoeiro deixou o remo de lado e perguntou ao professor:
_ O senhor aprendeu a nadar?
- Não – respondeu o professor um pouco confuso.
- Que pena, o senhor empregou toda a sua vida em teorias e agora está prestes a afundar junto com esta canoa.

A borboleta e a flor

Um homem de profunda fé, em uma de suas orações, pediu a Deus uma flor e uma borboleta. Deus então deu-lhe um cacto e uma lagarta.

Quando percebeu o que Deus havia lhe dado, ficou triste, e não compreendeu o que estava errado em seu pedido.

Pensou: deve ser porque Deus tem muita gente para atender, deve ter se enganado, trocado os pedidos… e por isso acabou se tranquilizando.

Alguns dias depois, o homem foi ver o seu pedido, já esquecido e abandonado num canto de seu quintal. Ao vê-lo, se espantou.

Do espinhoso e feio cacto nasceu uma flor muito bonita, especial, única. A horrível lagarta também não existia mais, havia se transformado em uma radiante borboleta.

O milharal

Seu Matias era o maior plantador de milho da região. Seu milharal era excelente. As espigas eram enormes; e os grãos, de grande qualidade. A cada ano, a colheita era mais farta e ele ganhava muitos prêmios. Todos queriam saber qual era o segredo de seu Matias.

Um dia, um repórter da cidade resolveu fazer uma matéria na fazenda e aí descobriu que seu Matias repartia com seus vizinhos, todos os anos, as melhores sementes que tinha. Surpreso, o repórter questionou:

- Por que o senhor faz isso, se os seus vizinhos são os seus concorrentes? Se eles produzirem mais, o preço do milho vai baixar e o senhor vai ter menos lucros.

Seu Matias respondeu com muita confiança:

- Por quê? Fácil. O pólen do milho é levado pelo vento de campo em campo. Se meus vizinhos cultivarem o milho ruim, fraco, a polinização fará com que o meu milho fique cada vez mais fraco e com menor qualidade. Se eu quiser cultivar um milho bom. tenho de ajudar meus vizinhos a ter milho bom também.

Amor, sucesso e fartura

Dona Ana vivia numa cidadezinha do interior. Gostava dali, um lugar tranquilo, onde todos se conheciam. Certo dia, voltando para casa, viu três homens sentados em seu jardim. Ficou um pouco assustada no início, pois não conhecia nenhum deles, mas logo decidiu aproximar-se.

Vendo suas aparências tristes, resolveu oferecer ajuda.

- Olá, acho que não conheço vocês, mas, como estão em frente à minha casa, talvez desejem a minha ajuda. Por favor, entrem e comam alguma coisa, disse dona Ana.

- O seu marido está? – perguntou um dos homens.

- Não, está no trabalho.

- Então não podemos entrar. Vamos esperar até ele chegar.

Dona Ana não entendeu, mas também não quis questionar os homens. Entrou em casa e esperou o marido chegar do trabalho. Ao entardecer, quando o marido chegou, contou-lhe toda a história.

- Vá novamente lá fora e diga que estou em casa. Certamente estão morrendo de fome – disse o marido.

Lá foi a mulher e convidou novamente os três homens para entrarem em sua casa.

- Não podemos entrar os três juntos – disse um deles.

- Por quê? – indagou Ana, surpresa.

Um dos homens começou a explicar-lhe o porquê. Apontando para os amigos, disse:

- Este é Fartura e este é Sucesso. Eu sou Amor. Você precisa falar com seu marido e decidir qual de nós três vocês preferem na sua casa.

Ana entrou para falar com o marido. Explicou o que Amor lhe havia dito e os dois começaram a pensar em qual deixariam entrar.

- Vamos convidar Fartura. Deixe que ele entre e encha nossa casa de fartura – disse o marido.

- Não, meu bem, por que não convidamos o Sucesso? Ele nos traria muitos benefícios – respondeu a esposa.

- Não seria melhor convidar o Amor? – disse a fila pequena. – Nossa casa cheia de amor ficará linda.

- Eu concordo. Convide o Amor para entrar disse o pai.

A mulher saiu e convidou o Amor para entrar. Ficou surpresa, porém, quando os três se levantaram e começaram a caminhar em sua direção. Não resistiu e disse:

- Vocês disseram que não poderiam entrar juntos na casa. Não deveria entrar só o Amor?

Ao mesmo tempo, os três responderam:

- Se você convidasse A Fartura ou o Sucesso, os outros dois iriam embora. Mas o Amor nunca fica sozinho. Onde o Amor está, aí sempre haverá Fartura e Sucesso.

Como devo agir

Flávio era um grande jornalista do Rio. Certa vez, teve de fazer uma matéria em Curitiba e ficou hospedado na casa de um amigo.

Logo de manhã, saíram para uma caminhada. Na volta pararam em uma banca perto da casa do amigo para comprar o jornal do dia. O amigo cumprimentou o jornaleiro com grande simpatia e um sorriso no rosto, mas o jornaleiro respondeu com enorme mau humor, quase jogando o jornal.

No caminho para casa, Flávio perguntou ao amigo:

- Por que ele tratou você com tanta grosseria?

- Não sei, mas ele sempre foi assim… Está sempre mal-humorado – respondeu o amigo.

- E mesmo assim você o cumprimenta com tanta educação e simpatia?

- Sim, claro.

- Por que você é tão amável com alguém que é tão grosseiro com você?

- Porque não é ele quem deve decidir como eu devo agir.

Coragem de camundongo

Qual o tamanho de nossa coragem? Conta uma antiga fábula que um camundongo vivia triste, fugindo com medo do gato. Passando pela cidade, um mágico teve compaixão dele e o transformou em um gato.

A princípio ficou feliz, mas logo começou a ter medo de cachorro. Então o mágico o transformou em cachorro.

Mas então ele começou a temer as panteras. O mágico o transformou em pantera.

Como pantera, começou a temer os caçadores.

Nesse momento o mágico perdeu a paciência e o transformou novamente em camundongo. E disse:

- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, pois você tem apenas a coragem de um camundongo.

A casa dos espelhos

Há muito tempo havia na cidade uma coisa bem interessante. Era conhecida como a "casa dos mil espelhos". 

As pessoas ficavam muito curiosas por saber o que havia lá dentro, pois se dizia que era uma casa mágica, mas tinham muito medo de serem amaldiçoadas ao entrar lá.

Certo dia, dois homens da cidade decidiram entrar na casa. Eram dois amigos, mas tinham atitudes bastante diferentes um do outro. Ao entrar na casa, puderam comprovar isso.

O primeiro a entrar foi Mateus, um homem alegre, que vivia sorrindo e brincando com as pessoas da cidade. Ao entrar na casa, foi saudado por centenas de pessoas. A casa estava cheia de gente, todos alegres, vibrantes, sorridentes. Mateus ficou encantado com o lugar e saiu correndo para dizer ao amigo que também entrasse para ver que lugar maravilhoso era aquele.

Encontrou o amigo na porta da sala. Pedro, o amigo, não era de muitos sorrisos. Sempre agia com rigidez, com a testa franzida e os olhos raivosos. Mateus disse-lhe o que havia visto e todas as pessoas que o saudaram. Pedro não acreditou muito, pois sempre ouvira falar que a casa era mal assombrada. Decidiu conferir por conta própria.

Ao entrar na casa, viu várias pessoas desconfiadas, encarando-o. Todos os rostos estavam fechados, com aparência de ódio. Pedro resolveu falar alto para mostrar que não tinha medo de cara feia. Em coro, todos os que estavam na casa também gritaram e mostraram-se ainda mais hostis. Pedro decidiu sair dali e nunca mais voltar.

- Que lugar horrível, você me enganou – disse ao amigo ao sair.

Os dois irmãos

Paulo e Joaquim eram dois irmãos. Apesar de terem crescidos juntos, os dois tinham personalidades bem diferentes. Paulo era trabalhador, dedicado, esforçado, enquanto Joaquim só pensava em festas. Na cidade onde viviam, havia uma grande empresa e os dois foram contratados quase na mesma época como faxineiros, pois nenhum dos dois foi além do ensino fundamental.

O tempo passou e a empresa, pensando na formação dos seus funcionários, ofereceu um curso supletivo para os que quisessem completar o ensino médico. Quem quisesse, era só permanecer após o expediente e ter as aulas na própria empresa. Paulo, sempre interessado em crescer, aceitou imediatamente. Joaquim, no auge da sua juventude, não quis gastar seu tempo numa sala de aula. Preferia ficar com os amigos. Além do mais, ficar na empresa sem ganhar hora extra lhe parecia um absurdo.

Mais alguns meses e a empresa ofereceu cursos técnicos. Paulo novamente se inscreveu, mas Joaquim não quis abrir mão do futebol, nem dos programas de televisão favoritos, nem do chope com os amigos.

Novas oportunidades surgiram: curso de línguas, de informática, de contabilidade, recursos humanos etc. Paulo sempre disposto, abraçava tudo o que era possível. Joaquim nunca tinha tempo livre, suas justificativas eram as mais diversas.

Po causa da boa formação, Paulo foi crescendo na empresa. À medida que novas vagas iam surgindo, seu nome era lembrado por sua competência e dedicação. Foi promovido diversas vezes e logo alcançou um cargo de gerência. Seu departamento se destacava na empresa por ser o mais organizado e com aos melhores resultados. Paulo, porém, continuava a aproveitar todas as possibilidades que a empresa oferecia para o seu aprimoramento.

Certa vez, o dono resolveu homenagear Paulo pela contribuição no crescimento da empresa. Comemoraram com uma festa para todo o departamento. Naquela mesma tarde, Joaquim passou por ali para fazer a limpeza das salas. Alguém que não conhecia o parentesco entre os dois puxou assunto:

- Que excelente gerente é o senhor Paulo, não?

- Sim, é mesmo… Ele é meu irmão.

- Seu irmão? Ele é gerente e você faxineiro?

- Pois é, como a vida é ingrata… Ele teve sorte e eu não – concluiu Joaquim.

A maior riqueza

Há muito tempo, vivia solitário na mata um grande mestre espiritual, famoso por dar conselhos que tornavam as pessoas ricas.

Um jovem ficou fascinado com a lenda e resolveu entrar na mata à procura do mestre. Andou por dias e enfim encontrou a cabana do sábio. Ao chegar, logo questionou o mestre:

- Quero ser muito rico a fim de ajudar todos os pobres do mundo. Senhor, conte-me qual é o segredo para gerar riqueza e abundância de bens.

- O sábio meditou por alguns segundos e respondeu:

- No coração de cada ser humano moram duas deusas. Todos somos apaixonados por elas, é impossível ignorá-las. Mas elas guardam um grande segredo, que precisa ser revelado. Vou lhe contar o segredo.

O jovem deu um grande sorriso de satisfação. O sábio, no entanto, manteve a mesma expressão, e continuou:

- Uma das deusas se chama Sabedoria e a outra se chama Riqueza. Embora você ame as duas deusas na mesma intensidade, é preciso dedicar a uma delas atenção especial. Você precisa fazer uma escolha fundamental entre uma delas. Se você perseguir, amar, dedicar-se intensamente à deusa Sabedoria, a Riqueza ficará enciumada, desejando o mesmo afeto. Assim, quanto mais você buscar a Sabedoria, mais a Riqueza vai desejar entregar-se a você. Ela nunca lhe abandonará. O segredo da prosperidade e da abundância está no modo como você trata a Sabedoria.

Tudo é possível

Quanta diferença entre o mundo infantil e o adulto! Ao envelhecermos, tornamo-nos adultos, vamos sendo influenciados pela sociedade e acabamos nos conformando a ela. Muitas coisas possíveis na infância acabam se perdendo no tempo e nos preceitos sociais. Outras, perdem-se na baixa auto-estima que a sociedade impõe, ou são amarradas pelo negativismo que impera no mundo.

Certa lenda conta que duas crianças estavam patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam sem preocupação. De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.

A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear o gelo com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar o amigo. O que falou mais forte foi a amizade e o amor que um sentia pelo outro. Vendo que o amigo estava se afogando, que somente ele poderia ajudar, não mediu esforços.

Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:

- Como você fez isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas! A camada de gelo está muito grossa.

Nesse instante apareceu um ancião e disse:

- Eu sei como ele conseguiu.

Todos perguntaram:

- Como?

O ancião respondeu:

- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não poderia fazer, que seria impossível

Amor verdadeiro

Um missionário que passou vários anos em Angola contou uma história muito interessante sobre o verdadeiro sentindo da amizade, um amor capaz de tudo.

No doloroso tempo de guerra, duas crianças ficaram gravemente feridas após uma mina terrestre explodir enquanto brincavam no campo.

Elas foram socorridas e levadas ao acampamento, mas haviam perdido muito sangue. A menina de dez anos estava em pior situação. Precisava de transfusão imediata, senão morreria. O problema é que não havia sangue em estoque.

O missionário que contou a história era um dos médicos. Havia também uma enfermeira que o auxiliava. Decidiram então fazer testes entre as pessoas que ali estavam, para encontrar um doador. 

O único sangue compatível era de um dos garotos, amigo das crianças feridas. Os médicos não falavam o dialeto local e por isso tinham uma dificuldade em fazer a criança entender o que era preciso fazer. Depois de muito gesticular e tentar explicar com as poucas palavras que sabia, o médico pensou ter conseguido êxito. 

O menino levantou e foi até a maca, com um choro contido.Sorriu apenas ao olhar para a amiga na maca ao lado e ver que com sua ajuda ela iria sobreviver. O missionário até tentou animá-lo, dizendo que não ia doer nada, mas o menino continuava a chorar. Passaram-se alguns minutos, o garoto olhou a amiga, olhou para o seu braço com uma agulha a tirar sangue e começou soluçar. Olhou fixamente para o teto, com uma expressão de grande medo e desespero.

Nesse instante, chegou um dos membros da comunidade que falava o dialeto local e também português. O médico pediu que ele conversasse com o menino para saber se estava com muita dor. O homem começou a dizer qualquer coisa que o missionário não entendia, mas parecia dar resultado, pois o menino foi relaxando e começou a sorrir.

Virando-se para o médico, o homem disse:

- Ele não tinha entendido o que iria acontecer. Pensou que era preciso tirar todo o seu sangue para a amiga viver. Achou que iria morrer.

- Mas se ele entendeu isso, por que aceitou doar o sangue? – perguntou o médico.

O menino respondeu:

- Ela é minha amiga.

Aprender a amar

Paulo gostava muito do contato com a natureza. Passava horas cuidando de seu jardim e contemplando as belezas que por ali existiam. Gostava particularmente das flores, mas tinham de ser muito coloridas.

Certa vez, preparou o canteiro para plantar flores novas.

Escolheu com muito cuidado as qualidades que iria plantar, pois seu jardim devia ser perfeito e harmonioso. Quando as flores brotaram, porém, viu que existiam muitas flores que não havia escolhido, plantas que nem conhecia. Preparou um novo jardim e a mesma coisa aconteceu, surgindo diversas flores diferentes das que havia escolhido.

Determinado a saber o que aconteceu, foi até a loja onde comprava as sementes, mas não souberam explicar. Consultou diversos jardineiros, para que o ajudassem a resolver o problema. Não queria mais flores indesejadas no seu jardim.

Por fim, consultou um velho jardineiro, muito sábio. Explicou o problema, descreveu todas as suas tentativas de acabar com as flores e como elas sempre voltavam a brotar, etc.

Depois de um breve silêncio, o sábio olhou para Paulo e disse:

- E por que tu não aprendes a gostar também dessas plantas?

O segredo do equilíbrio no amor

Ao final da tarde, num dia ensolarado de verão andavam tranquilamente pela praia a mãe com a sua filha. Em certo momento, a menina parou e perguntou à mãe:

- Como se faz para manter um amor?

A mãe olhou para a filha com olhar terno e disse:

- Pega um pouco de areia e fecha a mão com força.

A garota pegou a areia e percebeu que quanto mais apertava a mão, mais areia escapava por entre os dedos.

- Mamãe, mas a areia caiu toda – disse, confusa.

-Eu sei, agora pega mais um pouco de areia e deixa a mão aberta.

A menina assim o fez. Deixou a mão aberta, mas veio o vento e levou toda a areia.

-Mamãe, a areia caiu de novo – disse.

A mãe sorriu. Então começou a explicar:

- Para manter a areia, é preciso deixar a palma da mão semiaberta, como se fosse uma colher. 
Um pouco fechada para proteger a areia e um pouco aberta para lhe dar liberdade. Pega mais um punhado de areia e experimenta.

A menina pegou a areia e deixou a mão como a mão havia ensinado. Ao ver que a areia não caia, sorriu.

A mãe disse então:

- Assim é também com o amor…

 A distância entre os corações

Um grande indiano, reunido com seu grupo de discípulos, resolveu ensinar algo sobre os relacionamentos. Dirigiu-se ao grupo e perguntou:

- Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?

Os discípulos pensaram por alguns instantes e começaram a responder:

- Gritam porque perdem a calma – disse um.
- Gritam porque querem chamar a atenção.
- Gritam porque são incapazes de controlar seus instintos.
- Gritam para serem ouvidas – disse outro.

Então o mestre voltou a questionar:

- Mas para que gritar quando a pessoa está do seu lado? Não é possível falar-lhe em voz baixa?

Outros discípulos tentaram responder, mas nenhum conseguiu dar uma resposta satisfatória. Foi então que o mestre explicou:

- Quando estamos aborrecidos ou chateados, nosso coração se afasta muito do coração da outra pessoa. Para cobrir essa distância, começamos a gritar. Quanto mais nervosos ou aborrecidos estivermos, mais alto gritaremos e menos seremos ouvidos. Ao contrário, vejam o que acontece com as pessoas que se amam. Elas falam suavemente, sussurram uma à outra e são muito bem compreendidas. Isso acontece porque os seus corações estão muito próximos. Às vezes, estão tão próximos que nem é preciso falarem, basta um olhar ou um gesto e já se entendem.

O rei dos animais

O reino animal é muito organizado. Certa vez, o macaco, escolhido para ser o representante da bicharada, fez uma reunião. 

Deveriam decidir qual seria o rei dos animais. Todos dizem que é o leão, mas havia três leões naquela floresta, qual deles seria o rei? 

A qual dos três devem prestar homenagens?Os próprios leões já haviam comentado entre si para decidir qual deles era o mais forte, digno de ser rei. Como fazer para eleger o mais forte? Surgiu o impasse. Não queriam lutar entre si, pois eram amigos. Decidiram então eleger o que demonstrasse maior valentia e resistência.

Havia uma grande montanha, muito difícil de ser escalada. O primeiro a atingir o cume da montanha seria o rei! Foi lançado o desafio. Uma semana depois lá estavam todos os bichos, curiosos para conhecer o novo rei. A competição começou. O primeiro tentou, mas não conseguiu ir muito longe. O segundo também. E o terceiro igualmente. Estavam os três exaustos e não tinham ido nem até a metade da montanha. Desistiram.

A plateia começou a ficar impaciente, afinal, qual seria o novo rei? Nenhum deles venceu. Então o macaco, que acompanhou de perto toda a competição, se manifestou novamente.

- Eu sei quem deve ser o rei – disse.

Todos parara, curiosos.

- Eu estava ao lado deles quando desistiram, e ouvi o que disseram. O primeiro leão disse: montanha, você me venceu! O segundo também: montanha você me venceu! Mas o terceiro disse: montanha, você me venceu… por enquanto! Você, montanha, já atingiu seu tamanho final: eu ainda estou crescendo.

Está decidido, o novo rei é o terceiro leão.

- Por que?

- Porque o terceiro leão teve uma atitude de vencedor diante da derrota – disse o macaco. Ele está preparado para ser nosso rei porque é maior que seus problemas.

Toda a bicharada aplaudiu o novo rei, que foi coroado ali mesmo, na montanha 

Agir por amor

Conta-se que esta história se passou num acampamento para refugiados no coração da África. Havia ali muitas crianças feridas, abandonadas e sem esperança nenhuma de vida. Sofriam pela fome, sede e falta de afeto. A única atenção que recebiam era a dos missionários.

Certo dia, apareceu por ali um jornalista que fazia uma matéria sobre as guerras e os seus estragos. Foi ao acampamento e acompanhou o trabalho de irmã Lurdes durante um dia inteiro. À noite, já esgotado pelo cansaço, calor e, principalmente por ver tanto sofrimento e dor, o jornalista disse à missionária:

- Irmã, eu não faria o trabalho que a senhora faz nem que me dessem todo o dinheiro do mundo.

A irmã olhou para ele com ternura e respondeu:

- Eu também não. Não faria isso por dinheiro nenhum. Faço este trabalho por amor a Deus e a todos estes que sofrem.

A colmeia perfeita

Em uma pequena vila no interior de Goiás, viviam muitos camponeses, gente simples, mas com grandes sonhos.

Os alunos, todos filhos de camponeses e muito responsáveis por pastorear os rebanhos da família, eram aplicados, mas muitas vezes iam à escola cansados e desanimados.

Certa vez, a escola ganhou do governo uma verba para ser investida em passeios culturais. Todos ficaram animados com a ideia de conhecer lugares históricos, museus e diversos lugares interessantes de todo o país. Mas como a verba não era assim tão grande, somente alguns alunos poderiam ir. Os professores se reuniram e resolveram aproveitar a oportunidade para movimentar os alunos. Fizeram um lista de tarefas; quem conseguisse realizar com sucesso a sua tarefa poderia viajar.

Elas eram muito variadas, e uma era especialmente interessante. Caiu logo para o Joaquim, um garoto levado, inteligente, mas muito impaciente. Não ficava parado nas aulas e por isso tinha notas baixas. Sua tarefa era: "Trazer uma colmeia de forma perfeita, cujo mel seja muito doce e nunca se acabe".Joaquim ficou decepcionado: onde encontraria tal colmeia? Achou mesmo que nem existia, que era um castigo pelo seu mau comportamento. Mesmo assim, começou a pensar e procurar a tal colmeia cujos favos não perdiam a doçura.

Andou a procurar em todos os lugares. Pesquisou nos livros, conversou com pessoas da vila que entendiam de mel, mas nada. Já estava quase desistindo quando resolveu pedir ajuda ao seu avô, o homem mais sábio que conhecia.

O avô olhou com carinho para o neto e disse:

- Eu posso te ajudar, mas só amanhã, e se tu seguires as orientações que te darei.

- Combinado – disse o garoto.

- Hoje à noite, quando chegar em casa, pede à tua mãe que prepare a refeição, que te ajude com as outras tarefas da escola, que te conserte esta camisa, que te dê um abraço, que te prepare a cama, que te conte uma história antes de dormir. Amanhã voltamos a conversar.

Joaquim não entendeu direito a tarefa. Afinal, isso era o que a sua mãe fazia todos os dias. Mas foi para casa e fez tudo como o avô havia falado.

No dia seguinte, antes mesmo de falar com o avô, o menino já pulava de alegria.

- Encontrei, encontrei – gritava.

Pegou no braço da sua mãe e pediu que ela lhe acompanhasse até a escola. Ao chegar lá, disse aos professores:

- Aqui, está a colmeia perfeita, cuja doçura é enorme e por mais que dê de seu mel (amor), ele nunca acaba.

Medir o amor

Mestre e discípulos andavam tranquilamente em direção ao mosteiro. Lá pelas tantas, o discípulo perguntou:

- Mestre, será que algum dia eu serei capaz de amar com tanta intensidade quanto o senhor ama?

E o mestre respondeu:

- O amor é a maior riqueza do mundo. Não existe nada comparável a ele. É ele que mantém o mundo girando, as pessoas se relacionando, a natureza crescendo.

Mas o discípulo insistiu:

- Mas como saberei se o meu amor é digno de tudo isso e se é grande o suficiente?

- Procura saber se tu vives intensamente as emoções, se te entregas ou foges delas. O amor não é grande nem pequeno, não te preocupes com isso. Ele é simplesmente amor, natural, espontâneo. Não se pode medir um sentimento como se mede uma estrada. Se tentares medi-lo, estarás vendo apenas os seus reflexos, como o da lua m um lago, ou o do sol no mar. O amor deve simplesmente ser vivido.